
notícia

02.05.2016
DESIGUALDADE, RENDA E POBREZA NO BRASIL
Na década de 70 durante o regime autoritário houve debates sobre a renda e desigualdade no Brasil, causas, conseqüências. O governo militar com Delfim Neto e Carlos Geraldo Langoni buscaram responder aos dados de vários técnicos e intelectuais da oposição como Rodolfo Hoffman, Edmar Bacha (com a tese da convivência de uma Bélgica e uma Índia)e o brasilianista Fishlow. Atualmente o tema dapolítica redistributiva e da desigualdade voltam a agenda política considerando os governos do PT e os desafios macroeconômicos dos próximos. Em recente debate no CEBRAP com Rodolfo Hoffman e Marcelo Medeiros resumidamente destaco alguns eixos de interesse e reflexão.
1-Os conceitos e a medição de “pobreza”, “renda” e “desigualdade”, assim como sua analise com dados disponíveis é um tema complexo e de difícil previsão, alem de polêmico quanto às medidas para diminuir, como tributos, ajuste fiscal. A simples observação impressionista não é método seguro para definições, o desafio também são as medidas políticas para reduzir a desigualdade.
2-No Brasil de 205 milhões de habitantes o tema dafome e pobreza sofreram saltos positivos desde a década de 60 (quando Josué de Castro lançou Geografia da Fome). O desafio e incertezas do futuro imediato e o da desigualdade e o das próximas gerações será o desafio da mobilidade social.
3-Os dados da PNAD, IBGE iluminam dimensões da realidade e tendências, mas ignoram a concentração da renda no topo da pirâmide. Usando só a PNAD é que se sustenta queda na desigualdade. Só ha 10 anos se tem acesso a micro dados e computadores para analisar mais fina, não se contemplaram os dados do topo, ou seja, quem ganha mais de 28 mil reais ao ano, analise possível com dados do Imposto de Renda. É consenso que toda análise demanda desafios de técnica e metodologias que estão em aperfeiçoamento.
4-O Brasil é um país de desigualdade na apropriação da renda. Só 1% se apropria de ¼ da renda, na PNAD este 1% é a partir de 7.200 reais. Os 5% mais ricos ficam com 40% da renda total do país em 2006 e 44% em 2012.O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade). Segundo os estudiosos a desigualdade se manteve estável entre 2006 a 2012.
5-Mais renda não significa menor desigualdade. Renda do rico pode aumentar e a do mais pobre também, isto não significa diminuição da desigualdade, o fosso continua a se manter.
6-Futuro imprevisível. Como ninguém prevê taxa de crescimento do PIB tampouco a desigualdade é possível afirmar categoricamente se aumenta ou diminui. Certamente tem impacto a distribuição desde o topo. Estruturalmente uma guerra ou um desastre como a bomba de Hiroshima nivela toda uma população igualmente, por isto alguns afirmam que para chegar a igualdade é só após grandes desastres ou guerra. Mas qual o caminho para diminuir a desigualdade sem guerra e desastre?
7-Qual é a política pública adequada? Não existe um tiro certeiro contra a desigualdade é um conjunto de ações. Sempre perguntas devem ser feitas. O país tem que crescer, mas para quem, que lado? Um ajuste fiscal, mais ou menos tributos em favor de quem e quem paga? Mais ou menos juros, quem ganha?
8-Uma distorção no caso brasileiro é o fato daUnião gastar em juros e encargos da dívida em 1 ano o equivalente a 15 anos dos gastos com o Bolsa Família. Este é um tipo de transferência de renda, “Hood Robin”, ou seja, de todos os contribuintes pobres ou ricos, para os mais ricos.
Compartilhe:

15.12.2011
Escola de Governo e Cidadania da Amvali forma 55 alunos e assina convênio com a Oficina Municipal
A Escola de Governo e Cidadania da AMVALI completou o ano letivo da 10.ª turma e realizou no último dia 13 a formatura da 10ª turma do Curso de Formação de Dirigentes Públicos. Durante a cerimônia foi assinado convênio entre a Escola de Governo e Cidadania e a Oficina Municipal de São Paulo visando o desenvolvimento de esforços conjuntos para a viabilização de projetos de interesse comuns relativos à formação humana e a promoção da ética na política, da cidadania e do aperfeiçoamento da gestão pública.

16.11.2011
Fundação Konrad Adenauer assina convênio com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do RJ
Nos dias 9 e 10 de novembro se realizou o workshop com participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio e do Instituto Öko da Alemanha, entre outras autoridades locais. O foco se concentrou no planejamento dos mega-eventos de uma forma sustentável, abordando alternativas de reciclagem, transporte verde e educação ambiental.

09.11.2011
Bispo discute conjuntura política e econômica com prefeitos e vereadores
O bispo diocesano de Umuarama (PR) dom João Mamede Filho se encontrou no dia 4 de novembro com 40 prefeitos e vereadores da região que compreende a diocese. “Auxiliar na conscientização das lideranças da região para que empreendam transformações positivas no cotidiano das cidades”, foi um dos objetivos do encontro, segundo o bispo.

08.11.2011
Nota de Falecimento
Com grande tristeza comunicamos o falecimento do nosso amigo e parceiro de aprendizagem, Luiz Baggio Neto, que foi cremado hoje na Vila Alpina, em São Paulo. O mundo e a política pública perdem um grande homem, que marcou sua trajetória com a possibilidade de transformação. Solidarizados com familiares, desejamos muita paz!

13.09.2011
NUPPs - CHAMADA DE SELEÇÃO PARA BOLSA DE MONITORIA
O Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas fará uma seleção de alunos de graduação de Gestão de Políticas Públicas da USP, que esteja cursando no mínimo o 5º semestre, para a contratação de 01 bolsa de monitor bolsista por um período experimental de 3 meses

08.08.2011
Formação para a cidadania: e a escola com isso?
A chance de um universitário ser muito interessado em política em 1993 era 3,6 vezes maior do que a de alguém com fundamental incompleto; já em 2006, esse valor caiu para 1,6. “Significa dizer que o comportamento político do universitário era maior antes e decresceu até níveis semelhantes ao de uma pessoa no fundamental incompleto”, pontua o pesquisador Rogério Schlegel, que estudou o tema educação e comportamento político em sua tese de doutorado, defendida no final do ano passado.

30.07.2011
Curso de Especialização em Governança Pública e Desenvolvimento
A Fundação Mário Covas (FMC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) oferecerão, a partir de 30 de julho, o Curso de Especialização em Governança Pública e Desenvolvimento voltado para servidores públicos, profissionais que atuam na área de relações governamentais e alunos egressos de cursos de administração pública.

25.07.2011
Coalizão Brasileira contra as Usinas Nucleares
O trágico desastre nuclear de Fukushima, no Japão, acordou a humanidade para os riscos da energia nuclear. Em todos os países do mundo as sociedades se mobilizam para uma revisão da política energéticade seus governos. Muitos deles já estão ouvindo esse clamor e desistindo de construir novas usinas e/ou desativando as existentes.
A Coalizão contra Usinas Nucleares no Brasil é uma das iniciativas tomadas pela sociedade brasileira nessa mesma perspectiva.