Trajetória PVE 2023 Highlights

2023 coroa o segundo ano de parceria entre o Instituto Votorantim e a Oficina Municipal com nossa instituição à frente do PVE Graduados como parceira técnica, um ano de inúmeras conquistas e desafios, de consolidação da metodologia do Programa e avanços na busca por uma educação com equidade. Muitas mudanças se consolidaram neste período, a citar a reorganização da equipe interna que foi reforçada para garantir a coordenação qualificada dos trabalhos realizados em 35 municípios alocados em 11 estados brasileiros, nas cinco regiões do país.

Para dar conta desse grande desafio, compõe a equipe da Oficina Municipal à frente do PVE:

• Fernando Isao Kawahara, Coordenador de Projetos
• Samantha Thais Baião Moreira, Analista de Projetos
• Giovanna Lourenção Macedo, Assistente de Projetos
• Aryane Manfron Serpa Rinaldi, Assistente de Projetos
• Maria Clara Araujo Secall, Assistente de Projetos
• Oneide Ferraz Alves, Especialista em Gestão educacional e Gestão escolar

O Programa, financiado por uma holding de empresas que se organizam a partir da figura do Instituto Votorantim, conta com uma rede complexa de stakeholders envolvidos, atores estes que, neste ano, passaram a se aproximar mais da atuação nos municípios. É o caso dos chamados “pontos focais das investidas”, atores que em sua maioria exercem a função de analistas de investimento social em suas respectivas empresas e que atuam, ao longo do ano, como lideranças em um dos eixos de atendimento do programa: o grupo de mobilização social. Para além do grupo de mobilização social, que reúne lideranças da comunidade e atores locais estratégicos envolvidos e comprometidos com a causa da educação, o programa desenvolve trabalho profícuo com os grupos de gestão educacional (secretários municipais de educação e equipe técnica da secretaria) e de gestão escolar (duplas gestoras das escolas municipais – Diretores e coordenadores pedagógicos).

O atendimento personalizado a cada um dos municípios mediante assessorias realizadas junto às equipes dos territórios é balizado pela aplicação de um mesmo instrumento de mensuração de resultados, a citar, a Matriz de Competências. Todo o trabalho é concretizado a partir da atuação de duplas assessoras que intercalam contatos remotos e presenciais com as equipes dos territórios, organizando-se o programa em 4 diferentes Ciclos no ano.

Dos principais acontecimentos do ano, destacam-se os seguintes:

• Ampliação dos municípios atendidos: Neste ano, tivemos um aumento de 13 municípios Se, em 2022, atendemos 22 municípios, em 2023, iniciamos o ano atendendo 35. Ao longo do ano, houve o desligamento de 2 municípios, por incompatibilidade da metodologia com as necessidades do município no momento ou por decisão da empresa investida. Apesar disso, o ano se encerra com enormes ganhos em termos de expansão e capilaridade do programa.
• Estruturação das equipes de assessoria: Com a expansão dos municípios atendidos, novos Assessores Seniores e Assistentes Juniores tiveram de ser mobilizados. Nesse sentido, desde o ano passado, à atuação do Assessor Sênior, figura com larga experiência na área da educação e cargos de liderança em gestão, agrega-se a figura do Assistente Júnior, profissional em início de carreira com formação geralmente associada à área da Administração Pública e das Políticas Públicas. Selecionam-se, portanto, 8 Assessores Seniores e 8 Assistentes Juniores que atuam diretamente com as equipes dos territórios na implementação do programa.
• Realização dos Ciclos presenciais e remotos: A implementação de um programa de grande extensão como o PVE envolve alto nível de engajamento das equipes para participarem das reuniões remotas e presenciais de assessoria. As agendas presenciais sempre envolveram, neste ano, desafios adicionais, como aspectos particulares acerca da logística de deslocamento das duplas e a disponibilidade de infraestrutura adequada nos municípios. A despeito dos desafios, todas as ações foram exitosas e serviram para fortalecer cada vez mais a relação dos territórios com o programa.
• Formações presenciais com as equipes de assessoria: Somadas aos encontros semanais e remotos que configuram ações de acompanhamento e monitoramento do programa, a Coordenação do Programa organizou, neste ano, três rodadas de formações presenciais junto às duplas assessoras dos municípios. Para além do desenvolvimento conjunto de ferramentas e estratégias de ação que ajudaram a qualificar ainda mais o trabalho proposto, esses momentos envolveram o aprofundamento do aprendizado sobre temas que são altamente demandados pelos municípios, como a estruturação do novo Fundeb, ICMS educacional, aplicação da Lei 10.369 e Orçamento e planejamento educacionais.
• Realização do Projeto de Extensão Escolas de Campo – Araripina: Para além do desenvolvimento regular das ações do PVE Graduados, a Oficina municipal foi mobilizada neste ano para desenvolver extensão voltada às necessidades específicas das escolas do campo. O projeto foi realizado junto ao território de Araripina-PE, que passou por um processo recente de nucleação de mais de 90 salas multisseriadas. Desafios com o transporte, acesso à recursos federais e acolhimento dos alunos foram trabalhados ao longo do ano com gestores educacionais, gestores escolares e professores que atendem às 13 escolas situadas na zona rural do município pernambucano.
• Realização de trocas intermunicipais: solidificando cada vez mais a lógica promovida pela Oficina Municipal de incentivo à cooperação e estabelecimento de soluções regionais para os problemas públicos, neste ano, o PVE Graduados esboça avanços no sentido de promover trocas de experiências e encontros intermunicipais entre os diferentes territórios atendidos pelo programa. O Encontro Intermunicipal do Polo Minas (Vazante, Três Marias, São Sebastião da Vargem Alegre e Matias Barbosa) para tratar da temática da saúde mental nas escolas e, ainda, a troca propiciada entre os grupos de mobilização social de Caçu-GO e Matias Barbosa-MG tratando de iniciativas de incentivo à leitura e alfabetização se somam aos esforços de ações remotas colocadas em prática neste ano, bem como troca entre os municípios de Juquiá-SP e Juquitiba-SP e o apoio dado por Itapetininga-SP à Ibiúna-SP na realização do CONAE. Destaca-se, entretanto, a realização de evento presencial que reuniu cerca de 150 pessoas de cinco diferentes municípios do estado baiano: realizado em 16 de novembro, o Encontro Intermunicipal Bahia – Políticas Públicas de Educação Antirracista reuniu secretários municipais, equipe técnica das secretarias, gestores escolares e grupos de mobilização de Cachoeira, Camaçari, Governador Mangabeira, Maragogipe e São Félix para discutir e socializar práticas educacionais que promovam a equidade étnico-racial. O Encontro foi extremamente rico e evidenciou o potencial de reunião de diferentes territórios para trocas e desenvolvimento de soluções conjuntas.
• Aplicação da Matriz de Competências: Orientando o aperfeiçoamento de competências e habilidades profissionais de gestão da educação municipal, a Matriz de Competências é utilizada como instrumento de aferição do avanço dos municípios ao longo da implementação do programa. Para tal aferição, aplica-se questionário às equipes dos municípios de modo que elas se autoavaliem. Neste ano, pela primeira vez, o programa contou com uma aplicação inicial, ocorrida em maio, e uma aplicação final, ocorrida em novembro. Essas duas aplicações permitem a comparabilidade entre os resultados e a verificação dos avanços obtidos no ano. Neste ano, os resultados finais, divulgados ainda de forma parcial pelo Instituto Votorantim, são promissores, evidenciando a qualidade dos trabalhos desenvolvidos e o aumento do grau de maturidade dos municípios atendidos pelo programa.